Com a ajuda de investigadores secretos locais, voltamos ao lugar onde acredita-se que tudo começou: a China.

Nossa equipe de investigação decidiu que era importante monitorar a situação dos mercados úmidos para ver com nossos próprios olhos se algo realmente havia mudado, como muitos meios de comunicação anunciaram repetidamente. Tínhamos uma obrigação com mais de meio milhão de pessoas que já haviam assinado nossa petição para acabar com esses lugares onde humanos e animais convivem, criando o ambiente propício para que os vírus saltem de um para o outro. Tivemos que voltar aos mercados úmidos da China para relatar a verdade, e o fizemos com a colaboração de ativistas locais.

Esta não é a primeira vez que nossos investigadores se infiltraram nesses mercados onde animais vivos e mortos, selvagens e domésticos são vendidos para consumo na Ásia. Entre 2014 e 2019, capturamos imagens impressionantes de mercados úmidos na China, Vietnã e Índia, que testemunham o abandono e a crueldade com que operam esses lugares.

O material que conseguimos capturar quando voltamos para a China, revela que a ameaça à saúde e à segurança pública continua e que apesar dos terríveis meses que mudaram a vida como a conhecemos, esses locais, de onde acredita-se ter originado o COVID-19, continuam abertos ao público, recebendo multidões de pessoas e, pior ainda, todos os tipos de animais continuam a ser brutalmente mortos e comercializados.