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Pelo fim do abate de cavalos

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Investigação secreta em abatedouros de cavalos

Um investigador secreto da Animal Equality documentou cavalos norte-americanos aguardando sua morte em um matadouro em Zacatecas, no México. Foram encontradas graves violações dos Padrões Oficiais Mexicanos estabelecidos para evitar sofrimento desnecessário. Como mostram as imagens, os trabalhadores espancam, enforcam e jogam água com pressão no rosto de animais doentes e exaustos para forçá-los a se mover. Os cavalos são atordoados de forma ineficaz, por isso, são mortos enquanto ainda estão conscientes, ou seja, podem sentir dor e sofrer durante a morte. Assista ao vídeo:

Perguntas mais frequentes sobre abate e carne de cavalo

1- É proibido o abate de cavalos?

No Brasil não é proibido. Inclusive, a Portaria 365/2021 classifica os cavalos como “animais de açougue”. A única proibição existente é a de abatê-los em um estabelecimento que não possua fiscalização agropecuária.

2- É permitido vender e comer carne de cavalo no Brasil?

Sim, é permitido. O que não é permitido é vender carne de cavalo dizendo que é outro tipo de carne, principalmente se ela vier de um abatedouro clandestino. Só no ano passado, a polícia e o Ministério Público investigaram dezenas de restaurantes que estavam praticando esse crime.

3- Tem pessoas que comem carne de cavalo?

Culturalmente a maior parte dos consumidores brasileiros não se interessam pela carne de cavalo. Mas como em outros países esse consumo é comum, o Brasil abate os cavalos e exporta a sua carne.

4- Qual o problema de comer carne de cavalo?

Muitas pessoas se perguntam se comer carne de cavalo faz mal à saúde. Os malefícios que a carne de cavalo traz à saúde humana são bem semelhantes aos malefícios dos outros tipos de carne, como alta ingestão de colesterol, maior probabilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes, entre outros.

Mas no caso do Brasil, o problema é mais complexo. Muitas pessoas já comeram carne de cavalo sem nem ao menos saber. Um exemplo que teve muita repercussão aconteceu em Caxias do Sul, em 2021, onde 17 restaurantes foram identificados por misturarem carne de cavalo a outros tipos de carne, principalmente em hambúrgueres. Na época, o Ministério Público estimou que 60% dos restaurantes desta cidade vendiam carne clandestina sem ter conhecimento de sua origem.

E o maior risco para a saúde humana é o abate ser clandestino, pois neste caso não existe um médico veterinário para avaliar se o animal estava doente e se sua carne está contaminada. Além disso, esses estabelecimentos têm condições higiênico-sanitárias extremamente precárias, promovendo a contaminação da carne por patógenos, agentes químicos e físicos, o que pode levar até a morte do consumidor.

5- Onde ficam os abatedouros (frigoríficos / matadouros) de cavalos no Brasil?

Oficialmente, o Brasil só tem cinco matadouros de cavalo que possuem fiscalização federal, ou seja, que podem exportar a carne para outros países. Três deles estão localizados na Bahia (BA), um em Minas Gerais e um no Rio Grande do Sul. Porém, centenas de abatedouros clandestinos estão espalhados por todo Brasil.

6- Como os cavalos são abatidos?

Geralmente, são abatidos através de um corte no pescoço que os faz sangrar até a morte. Em abatedouros clandestinos, é muito comum que esses animais levem marretadas na cabeça antes de terem seus pescoços sangrados. Assim como já documentamos em abates de bois e vacas, cavalos também têm suas patas arrancadas e sua pele retirada enquanto ainda estão vivos e conscientes. Qualquer abate clandestino é extremamente cruel com os animais, independente da espécie.

7- O que é feito com os cavalos velhos?

Muitos cavalos velhos ou doentes, que passaram suas vidas sendo explorados puxando carroça ou sendo cavalos “atletas”, quando não possuem mais “utilidade” para o seu dono, são abandonados em ruas e rodovias ou vendidos a um preço muito baixo para abatedouros, inclusive os clandestinos. Trata-se de uma velhice que tem seu final através de uma morte cruel, pois na maioria das vezes os animais não são insensibilizados, o que significa que eles sofrem com dor extrema no momento da morte.