Matadouros clandestinos
Assine nossa petição para ajudar os animais!
O que os nossos investigadores registraram
O que nossos investigadores secretos encontraram não é uma exceção. Infelizmente, o abate clandestino é muito comum e ocorre em várias cidades do Brasil. A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) atualmente não possui uma estimativa sobre o número de abates clandestinos no Brasil, mas já estimou que atingia 50% em algumas regiões do país devido à falta de fiscalização. Especialistas do setor também apontam para uma clandestinidade entre 30% e 50%. Desta forma, é possível que metade da carne bovina consumida pelos brasileiros venha de matadouros ilegais, como este que investigamos. Isso representa um enorme risco para a saúde do consumidor, que pode contrair inúmeras doenças ao ingerir esse tipo de carne. Já para os animais, representa uma morte cruel e dolorosa, como pode ser visto pelas imagens que registramos.
VÍDEO COM NARRAÇÃO DA XUXA
Depoimento investigadores
Com certeza esse foi o pior e mais assustador lugar que eu já investiguei. O lugar era obscuro, tinha um cheiro de morte misturado com carne podre, e ver os animais tentando escapar de toda aquela violência e crueldade, me deixou angustiada por muitos meses. Espero que essas imagens conscientizem muitas pessoas e que elas decidam parar de consumir animais.
Lúcia
Assim que entramos no matadouro a primeira cena que eu e a Lúcia vimos foi um boi de barriga para cima, movimentando rapidamente as quatro patas, como se estivesse correndo. O assustador é que ele estava sem a cabeça. Parecia uma cena de filme de terror, mas na verdade é uma cena que se repete todos os dias, em várias cidades do Brasil. Afinal, os matadouros clandestinos representam metade dos abates de bovinos.
Mário
Love Veg
A melhor forma de proteger os animais é tirando-os dos nossos pratos. Quem consome produtos de origem animal acaba financiando crimes como o abate clandestino. Escolha uma dieta livre de crueldade. Conheça o Love Veg, o nosso site que te ajudará na transição para uma dieta a base de plantas. Você irá descobrir novos ingredientes e sabores.
Metodogia e fontes utilizadas
O principal estudo científico que serviu de base para estimar o tamanho do mercado de abate clandestino da carne bovina foi o de Mathias JA. Clandestinidade na produção de carne bovina no Brasil. Revista de Política Agrícola 2008; 17(1):63–73. Também utilizamos um dado que a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) já disponibilizou.
Existe uma grande dificuldade em estimar o numero de animais abatidos em matadouros clandestinos, justamente pela natureza ilegal da operação. A variação entre os percentuais encontrados em cada estudo decorre principalmente das diferenças entre as metodologias utilizadas. Existem estudos mais atuais, porém, mesmo nestes casos, dependendo da metodologia, especialistas advertem que o tamanho total do mercado clandestino pode estar sendo subestimado.
Chamamos atenção para o fato de haver poucos estudos sobre o tema. A dificuldade de obter dados e os limites metodológicos para estimar o tamanho real deste mercado aumenta o tamanho da gravidade do problema, pois o mantém na invisibilidade permitindo a perpetuação desse grave crime contra a saúde pública, os animais, o Estado e o consumidor brasileiro.
Algumas pesquisas apontam um percentual bastante reduzido do tamanho do mercado de abate clandestino no Brasil. Por exemplo, a pesquisa feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da USP informa que o percentual de carne clandestina no mercado brasileiro corresponde à faixa de 3,83% a 14,1% do total abatido. O próprio CEPEA reconhece que existem limitações para estimar o tamanho deste mercado, afirmando que: “Os pesquisadores acreditam que as limitações de informações para esta estimativa conferem algum grau de subestimação. Um exemplo é a falta de dados mais atualizados sobre o consumo per capita de carne bovina. Uma restrição à estimativa das proporções para os estados é a falta de informações sobre a magnitude do comércio interestadual de carne bovina”.
Além da metodologia, a espécie do animal e a região de produção também podem influenciar no resultado da pesquisa. De acordo com o Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), 92% dos abates feitos no Brasil ocorrem de maneira clandestina. O presidente da associação estima que no Estado do Rio Grande do Sul, especificamente, os abates ilegais representam 70% da carne de ovelhas.
A Animal Equality Brasil adotou os números de Matias J.A pois apesar de ser de 2008 ainda é considerado o estudo mais completo sobre o tema, pois ele faz uma revisão dos outros estudos sobre o tema, bem como as metodologias utilizadas em cada um.