Em uma movimentação histórica impulsionada pela campanha End the Cage Age, em 30 de junho, a Comissão Europeia votou a favor da eliminação de gaiolas para animais criados para alimentação em toda a União Europeia, com o objetivo de bani-las completamente até 2027.

A Animal Equality aderiu à campanha em 2018 junto com mais de 170 organizações. Desde então, ajudamos a coletar mais de um milhão de assinaturas validadas por meio da petição oficial “End The Cage Age”. Nossas equipes na Itália, Alemanha e Espanha publicaram uma série de investigações sobre o uso de gaiolas em fazendas industriais na UE, destacando as condições nas quais milhões de animais são forçados a viver todos os dias.

Este compromisso da Comissão Europeia, que abrirá o caminho para outros países do mundo, terá um impacto positivo em cerca de 300 milhões de animais todos os anos.

• Após o lançamento de nossa campanha italiana, para dar fim ao massacre de pintinhos machos na indústria de ovos, o governo aprovou uma emenda proibindo a prática. Nosso trabalho foi tão influente, que ele é mencionado na própria emenda. Isto é um marco histórico para todos nós e irá salvar a vida de 40 milhões de animais a cada ano.

• O governo do País de Gales introduziu um novo plano que torna mandatária a presença de câmeras de segurança em matadouros, para reforçar a aplicação das leis de proteção aos animais. Esta medida veio logo após uma investigação conduzida pela Animal Equality em 2019.

• Em resposta a um processo judicial aberto por nós, a Champion Petfoods corrigiu o termo “capturado na natureza” no marketing de seu website, e concordou em ser mais transparente quanto à origem de seus pescados.

• Utah tornou-se o oitavo e Nevada tornou-se o nono estado norte-americano a proibir gaiolas na indústria de ovos. A primeira entrará em efeito no dia 1º de janeiro de 2025, poupando, anualmente, 5 milhões de aves de uma vida deplorável. A segunda beneficiará, aproximadamente, 3,5 milhões de animais por ano, iniciando em 2024.

Em dezembro, a Animal Equality relatou violações chocantes no incubatório de galinhas Foster Farms, na Califórnia. O incubatório é certificado como American Humane (que significa “compassivo”) e abastece as principais cadeias alimentares da Costa Oeste dos Estados Unidos.

A investigação revelou graves violações das leis de crueldade animal da Califórnia e mostrou que os filhotes são rotineiramente mortos de forma desumana ou, quando feridos, deixados para morrer lentamente. Nossa equipe de investigação encontrou:

• Pintinhos feridos, jogados no chão vivos.
• Pintinhos com corpos mutilados e esmagados por máquinas.
• Pintinhos afogados em água fervente, encontrados nos pisos da empresa, sob as esteiras rolantes.

A Animal Equality pediu ao promotor distrital que apresente uma queixa contra a Foster Farms por violar o código penal estadual que proíbe a crueldade com os animais.

Em julho, a Animal Equality publicou uma investigação sobre a fome forçada infligida às galinhas para aumentar sua produção de ovos, uma prática cruel chamada “muda forçada”. As galinhas são privadas de comida e água por 7-14 dias. Além de sentir fome extrema, o estresse faz com que os animais percam suas penas protetoras e se tornem mais vulneráveis ​​a doenças. Vídeos da nossa investigação revelaram:

• Galinhas com cavidade uterina inflamada, com presença de pus e sangue.
• Galinhas com bicos mal cortados, pernas feridas e malformadas.
• Uma área onde as galinhas moribundas são abandonadas sem cuidados veterinários.
• Até 6 aves por gaiola, com os membros presos entre as barras.

A investigação ocorreu no maior estado produtor de ovos do México, Jalisco. Como resultado de nossa investigação, a Animal Equality apresentou uma iniciativa ao Congresso de Jalisco para exigir a proibição dessa prática abominável. A investigação recebeu cobertura da mídia de até 20 jornais.

A Animal Equality publicou uma investigação que denuncia a crueldade animal e a poluição causada pela suinocultura intensiva na Espanha. Nossos investigadores viajaram para a Catalunha, onde há a maior concentração de suinocultura intensiva do país. Não apenas a fazenda não cumpriu com os regulamentos espanhóis de bem-estar dos porcos, mas as evidências também mostraram abuso de animais, problemas perigosos relacionados ao saneamento e possíveis crimes ambientais.

A equipe de investigação descobriu:

• Porcos forçados a viver na terra e comer alimentos e beber água contaminada com excrementos.
• Porcos feridos, alguns incapazes de andar, deixados para sofrer e morrer sem cuidados veterinários.
• Porcos que vivem em contato próximo com as carcaças em decomposição de seus companheiros, correndo risco de transmissão potencial de doenças.
• Descarte ilegal de resíduos animais perigosos.

Relatamos nossas descobertas às autoridades locais para que os proprietários da fazenda fossem responsabilizados. Esta investigação faz parte da nossa campanha #SecretoIbérico na Espanha, que inclui uma petição dirigida à Comissão Europeia pedindo que pare de subsidiar publicamente campanhas publicitárias que promovam esta indústria cruel.

Em colaboração com o programa de televisão italiano “Éden: um planeta para salvar”, publicamos uma nova investigação que revela a cruel realidade em que os porcos são criados na Lombardia, em uma grande fazenda pertencente a um gigante do setor que comercializa seus produtos como “Made in Italy Excellence”. Fizemos uma minissérie investigativa em 4 episódios, a primeira na história de nossa atividade investigativa, levando a jornalista Roberta Spinelli a uma fazenda de criação na Brescia.

O que encontramos não estava nem perto das imagens idílicas de animais em pastagens verdes retratadas na publicidade. A equipe de investigação descobriu:

• Animais com cistos e feridas, incapazes de andar devido às feridas dolorosas.
• Trabalhadores puxando porcos inquietos com cordas.
• Esgoto não descartado adequadamente, poluindo as águas de uma vala próxima.

Com base em nossas conclusões, apresentamos uma queixa formal contra os proprietários da fazenda ao Ministério Público de Brescia. Além disso, foi lançada na Itália uma petição dirigida ao Primeiro-Ministro e ao Ministro da Saúde para solicitar a realização de fiscalizações mais frequentes e eficazes para garantir o cumprimento das regras do país em matéria de higiene e bem-estar animal.

No que foi considerada a mais impactante política livre de gaiolas, a Animal Equality e uma coalizão de mais de 75 organizações sem fins lucrativos persuadiram a Yum! Brands a adotar globalmente o sistema cage-free em sua cadeia de fornecimento. Além de envolver cadeias de restaurantes populares como o KFC, a Pizza Hut e o Taco Bell, este compromisso, feito publicamente, irá afetar outras 50.000 localidades espalhadas por 150 países. É o maior número já registrado de locais que assumirão a política cage-free. A maior parte destes estabelecimentos fará a transição até 2026, e o objetivo é atingir a meta final até 2030. A Yum! Brands também aceitou fornecer um relatório anual para assegurar a transparência.

Após quase dois anos de campanha da Animal Equality e de outros membros da Open Wing Alliance, a maior franquia global de restaurantes, o Subway, se comprometeu a melhorar o bem-estar dos frangos em sua cadeia de suprimento, adotando o European Chicken Commitment (EEC). O EEC requer das empresas que elas providenciem mais espaço, luz natural, poleiros e substratos para os animais. O acordo também proíbe o uso de aves de crescimento artificialmente rápido, que são mais sujeitas a deformidades dolorosas e a problemas cardíacos.

A decisão do Subway terá um impacto sobre a vida de, aproximadamente, 50 milhões de frangos: este grande marco é resultado das inúmeras ações online realizadas pelos Protetores de Animais e dos protestos realizados pessoalmente.

Nos EUA, a Proposição 12 (Estado da Califórnia) e a Question 3 (Estado de Massachusetts) são consideradas duas das leis de bem-estar animal mais progressistas do país. No entanto, se a indústria alimentícia não estiver preparada para se adaptar às novas exigências da lei, nenhum progresso poderá ser feito para os animais. É por isso que nossa equipe faz um tremendo trabalho nos bastidores para garantir que essas leis sejam colocadas em prática – enviamos milhares de comunicações, nos reunimos com as principais empresas de alimentos e algumas das maiores empresas de investimento do mundo, trabalhamos em coalizão e mobilizamos nossos voluntários para garantir que essas leis fossem implementadas. Estimamos que nosso trabalho teve um impacto positivo em aproximadamente 15 milhões de galinhas e 8 milhões de porcos.

Joaquin Phoenix, o famoso ator e ativista vegano, mais uma vez usou sua fama durante a cerimônia de premiação do Globo de Ouro para aumentar a conscientização sobre a questão da pecuária industrial. Desta vez ele fez isso através de sua roupa, vestindo o moletom Animal Equality durante a entrega do prêmio, na frente de milhões de espectadores.