IBOPE aponta que, em 2018, 14% da população brasileira se declara vegetariana
Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro, o percentual sobe para 16%.
Os vegetarianos se dividem em quatro grupos principais: ovolactovegetarianos, lacto vegetarianos, vegetarianos estritos e os veganos. Os ovolactovegetarianos não consomem nenhum tipo de carne,mas consomem laticínios e ovos. Quando alguém se declara “vegetariano”, normalmente se enquadra neste primeiro grupo. Os lacto vegetarianos não consomem nenhum tipo de carne e nem ovos, mas ainda consomem laticínios. Os vegetarianos estritos não consomem nenhum tipo de carne, laticínios ou ovos em sua alimentação. E os veganos buscam excluir, dentro do possível e praticável, todas as formas de exploração e de crueldade com animais, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade.
Segundo pesquisa do IBOPE, conduzida em abril de 2018, 14% da população do Brasil se declara vegetariana. Esta estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando a mesma pesquisa indicou que apenas 8% da população se declarava vegetariana. Hoje, o número de pessoas adeptas-ao vegetarianismo chega a quase 30 milhões.
“O salto surpreendente no número de vegetarianos reflete tendências mundiais consolidadas de busca por uma alimentação mais saudável, sustentável e ética. Por um lado, o reconhecimento dos benefícios de uma alimentação vegetariana para a saúde é cada vez maior. Por outro lado, o crescimento no número de pessoas que opta por excluir as carnes e derivados do cardápio, ou reduzir seu consumo, é impulsionado pela preocupação crescente da população com os impactos de seus hábitos de consumo”, afirma a Sociedade Vegetariana Brasileira.
A pesquisa também mostrou o interesse da população por produtos veganos — mais da metade (55%) dos entrevistados disse que consumiria com maior frequência se os produtos estivessem indicados com mais clareza nas embalagens e 60% afirmou que consumiria mais se os preços fossem similares aos dos produtos tradicionais. Nas capitais, o índice de interessados nesse tipo de alimentação sobe para 65%.