Animal Equality divulga uma nova investigação secreta no México
Desde 2006 a Animal Equality se dedica a melhorar a vida dos animais explorados para consumo humano. Não temos dúvida que a melhor forma de proteger os animais é os deixando fora dos nossos pratos. Entretanto, entendemos que a conscientização e a transição da sociedade para uma dieta mais compassiva com os animais é um processo que demanda tempo e, portanto, os animais que já estão vivendo nas fazendas indústrias não irão se beneficiar desta mudança. Dessa forma, não podemos ignorar esses animais que estão sofrendo nas fazendas e matadouros, assim, através de nossas investigações, campanhas e advocacy, buscamos mobilizar consumidores, empresas e governos para garantirem um bem-estar adequado para esses animais.
O bem-estar animal é muito influenciado pelo ambiente, pela nutrição, pelas condições sanitárias dos animais e pelo manejo. O manejo são operações e técnicas utilizadas na lida com os animais, que vão desde fazer um animal se movimentar ou alimentá-lo na hora certa, como também os procedimentos envolvidos na hora do abate. Toda pessoa que tem contato direto com os animais, tanto nas fazendas, quanto nos matadouros, deve ser treinada e capacitada em bem-estar animal. Entender o comportamento do animal e as exigências para seu bem-estar faz com que o manejo seja menos estressante e, consequentemente, isso diminui chances de sofrimento animal e acidentes entre os animais e funcionários. Mas infelizmente, o que vemos na prática é a negligência de fazendas e matadouros em treinar seus funcionários e isso foi documentado em nossa mais recente investigação no México.
Investigação secreta em um matadouro de porcos no México
Durante cinco anos de investigações sobre a indústria da carne no México, a Animal Equality coletou uma grande quantidade de provas de atos de maus-tratos contra os animais durante as práticas de manejo na fazenda e no abate. Depois de tantas investigações podemos afirmar que esses não são casos isolados, mas a norma desta indústria. Nossa mais recente investigação foi realizada em um abatedouro no estado mexicano de Hidalgo.
Segundo especialistas que analisaram as imagens registradas, as violações das normas mínimas de bem-estar animal, entre outros fatores, ocorrem porque os funcionários não são capacitados e bem treinados para este tipo de trabalho.
Assista ao vídeo da investigação no México!
O Serviço Nacional de Sanidade, Segurança e Qualidade Agroalimentar (SENASICA), que faz parte do Ministério de Desenvolvimento Rural do México, diz que não é obrigatório que os funcionários recebam treinamento em manejo, saúde e bem-estar animal.
A Organização Mundial de Saúde Animal no capítulo sobre Abate de animais menciona que “O pessoal encarregado das operações de desembarque, movimentação, acomodação, cuidado, contenção, insensibilização e abate e sangria dos animais desempenham um papel importante no bem-estar dos mesmos. Por este motivo, se disponibilizará pessoal suficiente, que deverá ser paciente, atencioso, capacitado e conhecer as recomendações formuladas no presente capítulo e sua aplicação no âmbito nacional.”
Assim como no Brasil, no México também acontece de órgãos governamentais que deveriam prezar pelo bem-estar dos animais, acabam por beneficiar os fazendeiros e matadouros em muitos aspectos, como por exemplo, não exigir treinamento de bem-estar animal para os funcionários mexicanos e no Brasil o caso que estamos lutando para reverter é a regulamentação do abate de fêmeas gestantes. Assine e compartilhe nossa petição pedindo a proibição do abate de vacas prenhes clicando aqui.
Como você pode nos ajudar a continuar lutando para acabar com o sofrimento animal
Com as provas obtidas nesta investigação em um matadouro de suínos no México, nós apresentamos três denúncias às autoridades competentes para exigir que atos como esses mostrados no vídeo sejam proibidos.
No Brasil, após nossa investigação que revelou o sofrimento de vacas que são abatidas com o bezerro completamente formado em seu ventre, mobilizamos especialistas em bem-estar animal, fiscais agropecuários e outras ongs de proteção animal para estabelecer um diálogo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e estamos trabalhando para que essa prática cruel seja proibida.
Nosso trabalho investigativo e de advocacy no Brasil e ao redor do mundo é muito caro, porém, conseguimos ótimos resultados, por isso continuamos a investir todos os recursos possíveis neste tipo de trabalho. Mas sem a ajuda dos nossos doadores, não conseguimos dar continuidade a esse importante trabalho. Podemos contar com a sua ajuda? Nos apoie fazendo uma doação pontual ou mensal. Juntos vamos mudar a vida de milhões de animais.